domingo, 8 de novembro de 2009

Assassinato Duvidoso


Na história, Terry Thorpe (William H. Macy), um crítico de cinema mata acidentalmente sua amante. Durante uma discussão ela cai e leva uma forte pancada na cabeça e morre. Em pânico, ele tenta encobrir os fatos e deixa apressadamente o apartamento dela , mas é visto e fotografado por um investigador particular (James Cromwel), que a vinha seguindo a pedido do seu ciumento ex-marido. O investigador arma um esquema para chantageá-lo. A polícia entra no caso, liderada por um detetive (Adam Arkin) com ambições de ser roteirista.

Embora feito originalmente para a TV (TNT), não se trata de um filme menor, ao contrário, é uma interessante comédia 'neo-noir', que tem uma boa dose de humor e ironia e é, essencialmente, uma sátira aos filmes 'noir'. Ainda que a história gire em torno de um assassinato, o tema principal é o mundo dos filmes: atores, cineastas, críticos, roteiros, etc.

O filme é muito bom, mas a atuação de William H. Macy é insuperável. Conheci seu trabalho em 1996 no filme Fargo, que he rendeu uma indicação ao Oscar de melhor ator coadjuvante. Além de seus atributos de ator, ele também é escritor. Inclusive foi ele e o Diretor Steven Schachter os responsáveis pelo o roteiro de Assassinato Duvidoso, uma adaptação do livro "A Travesty" de Donald Westlake. A parceria entre Macy e Schachter voltaria a se repetir em 2002 no fime "De Porta em Porta" (Door to Door).

Sobre o gênero “noir

Numa das cenas em dá aula sobre cinema, Thorpe deixa a seguinte questão:
“Quero que debatamos estas duas questões: Porque sempre está chovendo nos filmes de gênero "noir" e o que estas pessoas fazem durante o dia?”

Sobre a falta de respeito dos críticos

Ao fazer uma resenha sobre um determinado filme, ele fala a seguinte “pérola”:
“Entre um tratamento de canal sem anestesia ou ver este filme abominável, sugiro que você corra rápido para o dentista mais próximo.”

Sobre os critérios dos críticos

Ao flagrarmos Thorpe com um determinado objeto, ele confidencia:
“Foi um presente de um produtor. Fiz para ele uma crítica valiosa. Bebi demais no jantar e acabei dormindo durante o filme. Tive que inventar a crítica. O "Times" achou genial. Pensei que não importava. Não quero dar-lhes uma impressão errada. Levo muito a sério o que faço. Esse foi um incidente isolado.”

Sobre a inveja dos críticos

Thorpe reflete sobre a passividade de sua vida:
“Um dos riscos ocupacionais de ser um crítico de cinema é que você acaba vivendo por meio de outras pessoas. Os cineastas criam suas histórias, os atores dão vida a elas. e até mesmo os personagens atuam seguindo seus sonhos e paixões enquanto eu me sento com o meu computador para falar passivamente sobre eles.”

Sobre a “mea culpa” dos críticos

Sendo muito pressionado pela polícia, Thorpe precisa dizer várias mentiras, para que seu álibi seja convincente. Num desses momentos ele nos confidencia:
“Isso é difícil. Começo a ter respeito pelos atores. Poderia dizer que em minhas críticas fui um pouco cruel com eles. Assistiram a "Corpos Ardentes"? Acho que devo desculpas a William Hurt.”

Sobre os roteiros em Hollywood

Um taxista diz a Thorpe que é contra o modo como Hollywood trata os roteiros:
“É uma fórmula. Os bandidos são sempre presos. A garota é resgatada num iceberg. Porque não a deixam morrer de vez em quando? Deixem que algum assassino escape ou que o ladrão fique com as jóias.”

Noutro momento, não sabendo o que fazer, Thorpe procura a ajuda de um diretor de cinema, a qual explica que um amigo estaria tendo um problema com um roteiro onde o protagonista acidentalmente matou a namorada e está sendo chantageado por um investigador. Porém o diretor o decepciona com a seguinte colocação:
“A história é péssima [...] não há um mocinho. Há um chantagista e um assassino. [...] Eles tem que se dar mal, senão o final será chato. Não na América, meu amigo! Se quiser fazer filmes artísticos, vá para Varsóvia. Eles adoram esta porcaria.”

Sobre o final

Calma!!! Não vou contar o final, mas se assistirem ao filme, preste atenção nas últimas frases de Thorpe. São imperdíveis. Também sugiro que aguardem os créditos finais, haja vista a apresentação da música Always Look on the Bright Side of Life do grupo inglês Monty Python, que faz parte do filme A Vida de Brian (1979).

Este filme também possui os seguintes títulos em português: "Um Duvidoso Caso de Assassinato" e "Um Simples Assassinato".

Considerando-se que adoro o filme, que para variar não foi lançado no Brasil, parti para a árdua tarefa de traduzir as legendas para o português. Acredito que o trabalho ficou bom. Assim, informo que as legendas estão disponíveis no site legendas.tv.

Download do filme no Rapidshare (Legendas embutidas)
A.Slight.Case.Of.Murder.1999.DVDRip.XviD-FRAGMENT.part1.rar
A.Slight.Case.Of.Murder.1999.DVDRip.XviD-FRAGMENT.part2.rar
A.Slight.Case.Of.Murder.1999.DVDRip.XviD-FRAGMENT.part3.rar
A.Slight.Case.Of.Murder.1999.DVDRip.XviD-FRAGMENT.part4.rar

Senha para descompactação dos arquivos:

http://
farra.clickforuns.net

OBS: O endereço acima é a própria senha.

Download do filme no Emule
ed2k: A.Slight.Case.Of.Murder.1999.DVDRip.XviD-FRAGMENT

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